A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o projeto de lei que institui o Exame Nacional de Suficiência em Medicina, mas como será esse exame?

O que isso significa na prática?
Com a urgência aprovada, o projeto pode ser votado diretamente no plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas. Isso agiliza bastante o processo e coloca a proposta em evidência para uma decisão mais rápida.
Qual o objetivo dessa proposta, afinal?
A ideia é simples, mas que traz grandes mudanças: criar uma prova obrigatória para que os médicos recém-formados consigam o registro nos CRM’s (Conselhos Regionais de Medicina), caso sejam aprovados. Pense nisso como um “Exame da OAB” para a medicina, onde, similarmente, apenas quem for aprovado na prova teórica e prática poderá exercer legalmente a profissão.
Como funcionará esse exame?
- Elaboração e Aplicação: O exame será responsabilidade de uma instituição federal de ensino superior, designada pelo Ministério da Educação.
- Avaliação Abrangente: A prova deverá medir não só conhecimentos, mas também competências e habilidades adquiridas durante toda a graduação, sempre em conformidade com as diretrizes curriculares nacionais do curso de medicina.
- Padrão Nacional: A proposta prevê que a avaliação seja periódica, unificada e aplicada em todo o território nacional, garantindo um critério único para todos os formados, muito parecida com o ENARE ou ENAMED.
Por que esse exame é necessário?
A justificativa dos autores do projeto é objetiva: elevar a qualidade da formação médica no Brasil. A ideia é garantir que apenas profissionais devidamente capacitados e aptos possam atuar na área, protegendo a população e assegurando um padrão mínimo de excelência nos serviços de saúde.
E a Opinião dos Médicos? Aprovado com Louvor!
Um ponto fortíssimo a favor da proposta é o apoio massivo da própria categoria. O Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou uma pesquisa recente que revela um apoio expressivo à criação da prova. Veja os números:
- De 44.933 médicos consultados, 90% se manifestaram a favor da implementação de um exame obrigatório de proficiência.
- Apenas 7% se posicionaram contra e 3% se disseram neutros.
- Aliás, o estado com maior aprovação foi o Piauí (95% favoráveis), e o de menor aprovação, o Rio de Janeiro (84% de aprovação), ainda assim com um índice altíssimo de apoio.
Agora, resta acompanhar os próximos passos no plenário da Câmara e, posteriormente, no Senado.
Estaremos acompanhando todas novas informações sobre esse exame.
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