Hoje quero compartilhar com vocês uma reflexão bem interessante que pensei nesses dias…qual a melhor forma que podemos aprender algum assunto? Após pesquisas criei uma imagem que ilustra de forma clara e objetiva a progressão da retenção de informações em nosso cérebro, dependendo da forma como nos engajamos com o conteúdo. E, acreditem, entender isso pode mudar completamente a maneira como buscamos conhecimento e como o aplicamos em nossas vidas e profissões.
Pensem na imagem como uma escada do aprendizado. No degrau mais baixo, com apenas 10% de retenção, encontramos a simples leitura. Quantas vezes lemos um artigo, um livro, e pouco tempo depois já nos esquecemos da maior parte? É um processo passivo que, embora importante para uma primeira exposição ao tema, demonstra uma fixação limitada, e penso que por isso muitas pessoas não gostam dessa prática, apesar de que, com o tempo, se torna uma forma sensacional de fixar conteúdo.
Subindo um pouco, para 20%, temos a audição. Escutar uma palestra, um podcast… certamente agrega mais do que apenas ler, mas ainda carece de um engajamento mais profundo. A combinação de ouvir e observar, como em uma apresentação visual acompanhada de explicação, nos leva a um patamar de 30%. Já começamos a envolver mais sentidos, o que naturalmente facilita a absorção.
A coisa começa a ficar realmente interessante quando chegamos à observação de uma demonstração, com 50% de retenção. Ver alguém aplicar um conceito, realizar um procedimento, nos oferece um modelo prático que facilita a compreensão, explicando a moda atual de vários cursos disponíveis nas diferentes áreas.
Mas é na interação ativa que o aprendizado se consolida de verdade. Discutir ideias com outras pessoas eleva nossa retenção para 70%. A troca de perspectivas, a necessidade de articular nossos pensamentos e de ouvir diferentes pontos de vista enriquecem enormemente o processo. É importantíssimo conversamos sem ter medo de demonstrar que sabemos menos do que outra pessoa.
Quase no topo da nossa escada, com 80% de retenção, está a prática, o famoso “mão na massa”. Colocar o conhecimento em ação, seja realizando um experimento, resolvendo um problema ou aplicando uma técnica, é fundamental para transformar a teoria em aprendizado concreto. Oficinas e workshops são muito adequada para adquirir conhecimento.
E no degrau mais alto, com incríveis 95% de retenção, encontramos o ensino. Já pararam para pensar como aprendemos ainda mais quando precisamos explicar algo para outra pessoa? O ato de organizar nossos pensamentos de forma clara, de antecipar dúvidas e de encontrar as melhores analogias para transmitir o conhecimento solidifica o aprendizado de uma maneira extraordinária. Acredito que o nível é altíssimo justamente porque temos que passar por outras etapas (degraus) anteriormente, como a leitura para preparação do material, discussão com outras pessoas sobre o assunto, etc.
O que essa escada nos ensina para o nosso dia a dia?
Para nós, profissionais da saúde esse post traz insights valiosos. Não basta apenas ler artigos científicos ou assistir a webinars passivamente. Para realmente internalizar o conhecimento e aplicá-lo em nossa prática, precisamos buscar ativamente a discussão com colegas, participar de workshops práticos, e até mesmo nos desafiar a ensinar o que aprendemos.
Que tal, depois de ler aquele artigo interessante, você o discutir com um colega? Ou, ao aprender uma nova técnica, tentar explicá-la para alguém? Acredite, essa simples mudança de abordagem pode fazer toda a diferença na forma como o conhecimento se fixa em nossa mente e se traduz em ações mais eficazes.
A ideia por trás desse projeto é justamente essa . Por isso, peço encarecidamente que me acompanhe em novos posts. Até mais!
E você, qual degrau dessa escada sente que te ajuda mais a aprender? Compartilhe sua experiência nos comentários!